Os enfermeiros e técnicos do Hospital Alfredo Abrahão entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça, dia 2. O Sindicato de Enfermagem do Estado de Goiás (Sienf) já havia comunicado a possibilidade na última semana, porém ainda aguardava retorno por parte da gestão municipal e da Organização Social (OS) João Paulo II. Vale lembrar que, no local, os médicos ortopedistas também estão em paralisação.
Os profissionais reivindicam débitos relativos ao piso salarial, férias, ao 13º salário, acertos e recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A OS que gere o Alfredo Abrahão é quem seria a responsável pelos pagamentos.
Entretanto, conforme explica Elcione Guimarães, presidente do Sienf, a OS João Paulo II se esquiva de conversas e negociações. “Estamos aqui com os serviços paralisados, esperando que nos deem retorno, pois não conseguimos nenhum contato (com a OS).”
Elcione acrescenta que, em conversa com a secretária de Saúde Mirlene Garcia, o dinheiro referente ao complemento do piso salarial já estaria com a Prefeitura Municipal. Porém, piorando a situação dos profissionais, os valores não podem ser repassados à OS em decorrência do contrato ter expirado.
Represálias
Os enfermeiros do Alfredo Abrahão não escondem o medo de serem demitidos por conta da manifestação. Segundo relatos, já ocorreram exonerações em desfavor dos profissionais de Enfermagem que estariam encabeçando a greve. “Estamos contemplando, em pleno 2024, essa prática antissindical”, completou Elcione.
Apesar de estarem em greve, os serviços de enfermagem seguem funcionando no Hospital Alfredo Abrahão. Afinal, os profissionais devem respeitar o princípio da continuidade dos serviços públicos, estabelecendo uma cota de 30% em serviço.