Em busca de reajuste salarial e outras condições laborais melhores, os funcionários dos postos de combustíveis em Goiás ensaiam greve a partir de sexta (21). O presidente administrativo do Sinpospetro-GO, Carlos Pereira comentou, em entrevista ao Manhã 105, sobre a situação e seu desenrolar.
De acordo com o representante do sindicato, a paralisação será por tempo indeterminado, até que as reivindicações sejam negociadas com o Sindiposto, representante empresarial do segmento. Pereira acrescenta que reuniões já haviam sido realizadas entre as partes, chegando em uma proposta verbal por parte do patronal, que acabou não sendo concretizada.
“Eles não honraram, assim digamos, a proposta verbal que foi feita e realmente não apresentaram nada por escrito. Não concederam o reajuste e o funcionário, que tem o direito a partir de maio desse reajuste, está sem. Então, praticamente um funcionário ganhando próximo do salário mínimo e o patronal se nega a, pelo menos, apresentar uma proposta. Por isso que é uma decisão em assembleia de partir para uma greve”, comentou.
Além do aumento no salário base, que deveria ter sido ajustado em maio, os frentistas solicitam 5% de ganho real, cesta básica, taxa de R$ 35 de assiduidade e a manutenção dos benefícios já conquistados em convenções anteriores. Com isso, o salário dos trabalhadores de postos ficaria próximo dos R$ 2 mil.
Adesão
Embora o início da greve seja na capital Goiânia, a pretensão é atingir todo o território goiano com a paralisação. O roteiro, segundo Pereira, começa na sede do Sinpospetro-GO, a partir das 9h, e a mobilização avança pelos postos da cidade.
“As paralisações em primeira mão serão aqui em Goiânia. Mas nós vamos contar com a participação dos frentistas de Anápolis. Nós estamos mobilizando toda a classe, não só de Anápolis, mas o entorno também dessa região metropolitana. Então todos que tiverem imbuído nesse pensamento assim de querer realmente esse reajuste vão participar”, explicou o representante sindical.