A Polícia Civil de Goiás(PC-GO), por meio da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAEM), prendeu, nesta segunda-feira (7), em Goiânia, uma mulher de 38 anos e um homem de 46 anos, mãe e padrasto de uma jovem que hoje em dia tem 18 anos.
Eles são investigados pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro, satisfação de lascívia na presença de criança e lesão corporal.
De acordo com as investigações, os abusos teriam começado quando a vítima tinha 12 anos.
O padrasto é apontado como autor das violências sexuais, praticadas com o conhecimento e consentimento da mãe, que não denunciava os crimes. Os abusos teriam ocorrido de forma contínua por vários anos.
O caso foi denunciado em março de 2025, quando a jovem, cansada das agressões e ameaças, procurou a Polícia Civil (PC).
Conforme relatado, o suspeito utilizava uma colher de ferro para agredir a vítima nas mãos, como forma de intimidação para obrigá-la a manter relações sexuais e outros atos libidinosos.
Durante as apurações, foi constatado que a mãe da vítima presenciou o primeiro estupro e, ao invés de denunciar o caso, aguardou o término do crime para examinar a filha e confirmar se ela havia perdido a virgindade.
Desde então, impediu que a adolescente levasse o caso ao conhecimento das autoridades.
Já na maioridade, a vítima continuou sendo controlada pelo suspeito, que monitorava seus aparelhos eletrônicos e exigia relações sexuais semanais como condição para permitir que ela trabalhasse ou tivesse um relacionamento amoroso.
A vítima engravidou durante o período de abusos e deu à luz uma criança, que atualmente tem oito meses de vida.
Segundo o relato da jovem, o autor exigia que a criança permanecesse sobre a cama durante os atos sexuais. Foi solicitado exame de DNA para confirmar a paternidade da criança, mas o resultado ainda não foi concluído.
Diante dos fatos e do risco de reiteração dos crimes, a autoridade policial solicitou os mandados de prisão da mãe e do padrasto, que foram autorizados pela Justiça e cumpridos nesta segunda-feira (7). Os investigados foram conduzidos à DEAEM e estão à disposição do Poder Judiciário.
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