Por meio de suas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou nesta segunda-feira (12) uma manifestação na Avenida Paulista para o fim de fevereiro. De acordo com ele, a intenção é se defender de “todas as acusações” que têm sido imputadas a ele nos últimos meses.
Na semana passada, a Polícia Federal apreendeu o passaporte de Bolsonaro. Denominada de “Tempus Veritatis” (“hora da verdade”), a operação da PF teve como alvos ex-ministros e ex-assessores do ex-presidente por suspeitas de tentativa de um golpe de Estado no país para invalidar as eleições de 2022, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.
“No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h, estarei na Paulista, realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito”, disse Bolsonaro no vídeo.
Também na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes tirou o sigilo da gravação de uma reunião ministerial onde o ex-chefe de Estado defendeu que era necessário agir antes das eleições para que o país não virasse “uma grande guerrilha”.
“Nós sabemos que se a gente reagir depois das eleições, vai ter o caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, quem tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, disse Bolsonaro na ocasião.
No vídeo chamando apoiadores para a manifestação nesta segunda, Bolsonaro pede que os manifestantes compareçam vestindo verde e amarelo e não levem faixas “contra quem quer que seja”.
“Mais do que discurso. Uma fotografia de todos vocês. Porque vocês são as pessoas mais importantes deste evento. Para mostrarmos para o Brasil e para o mundo a nossa união, as nossas preocupações e o que nós queremos, Deus, pátria, família e liberdade”, convocou o ex-presidente.