O novelista Aguinaldo Silva, de 81 anos, acumula aclamadas produções em sua carreira. De suas mãos foram produzidos os sucessos “Tieta” (1989), “Senhora do Destino” (2005) e “Duas Caras” (2007), que marcaram época na grade da TV Globo.
Em entrevista à Veja, o roteirista esclareceu como ocorreu a saída da emissora, a qual permaneceu como contratado por 41 anos. O encerramento do vínculo aconteceu em 2020, após o insucesso da novela “O Sétimo Guardião”.
“Eles não tiveram a preocupação de fazer uma coisa mais cortês depois de 41 anos de casa, foi um comunicado objetivo. O meu último contrato era de seis anos, como fazia normalmente, e venceria no dia 29 de fevereiro de 2020. O que realmente me chateou e achei impróprio foi um rapaz da Globo me ligar no dia 1º de janeiro, em pleno feriado, às 8h da manhã, para me avisar que ele não seria renovado”, afirmou ele.
Apesar do destrato com relação ao término da relação profissional com a emissora, Aguinaldo Silva revelou ter sentido alívio ao deixar a Globo. O autor acrescentou também não ter conhecimento de quem partiu a decisão de não renovar o seu contrato na época.
“Não sei exatamente de quem partiu a decisão. Na época, o comando da dramaturgia era do Silvio de Abreu e a direção-geral do Schroder (Carlos Henrique), mas eles também não estão mais lá. Fui o primeiro de uma leva. Logo depois, atores, autores e diretores, cujos contratos iam terminando, foram sendo dispensados. Confesso que fiquei até aliviado quando sai da Globo. A perspectiva de escrever mais uma novela naquele sistema já não me agradava mais”, completou.