Ainda neste mês, o presidente municipal do PP e vereador Leandro Ribeiro deve decidir se manterá a pré-candidatura a prefeito ou se apoiará outro projeto. Na segunda possibilidade, está praticamente certo que o pepista deve se juntar ao grupo de Márcio Corrêa (MDB), que pode ser o nome que encabeçará a chapa do partido do vice-governador Daniel Vilela na disputa das eleições municipais em Anápolis. O assunto foi discutido durante entrevista ao radialista Jairo Mendes, nesta terça-feira (19), no programa Manhã 105, da Rádio 105.7 FM.
“Todos sabem do meu projeto, mas nós temos que ter discernimento e consciência de que um projeto isolado não vai trazer resultado. Eu costumo dizer que a política é a arte do diálogo. Eu não tenho dificuldade de conversar com ninguém da direita. Tenho conversado com o Amilton Filho, com o Coronel Adailton, com o Márcio Corrêa, com o vice-governador Daniel Vilela, acerca da direita se unir aqui na cidade de Anápolis. Então, não teria nenhuma dificuldade de compor algum grupo caso o meu projeto não se viabilizar”, indica Leandro, citando membros do grupo que tem se unido em torno do nome de Márcio Corrêa para a eleição de prefeito.
Apesar de sempre ter sido da base de Roberto Naves, a confirmação da pré-candidatura de Leandro Ribeiro, ocorrida em Brasília, durante reunião que contou com a presença do presidente estadual do Progressistas, Alexandre Baldy, e do deputado federal José Nelto (PP), no dia de 18 de setembro do ano passado, teve como consequência imediata a saída de Naves do partido, anunciada horas depois, como gesto de insatisfação com a escolha de Leandro para pré-candidato.
“O prefeito tem a prerrogativa de escolher a melhor opção para ele. No caso, ele (Roberto Naves) já declarou para todos que o seu candidato é o seu vice-prefeito, e é legítimo porque é uma pessoa que o acompanhou nos dois mandatos. Obviamente, ele tem que colocar a assinatura do vice-prefeito em obras para ver se faz com que a viabilidade da eleição aconteça”, analisa Leandro Ribeiro.
O PP, garante o vereador e presidente da sigla no município, tem autonomia para decidir os rumos em Anápolis, mas “se houver uma mudança de direção por parte da presidência, eu buscarei novos ares”, completa. “Não tratamos com o presidente Baldy a mudança de planos de não ser cabeça de chapa, mas eu entendo que Alexandre Baldy e o vice-governador Daniel Vilela têm um excelente diálogo, administram juntos a pasta da Agehab e eu não vejo nenhuma dificuldade quanto a isso (uma composição com o MDB em Anápolis).”