O Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou hoje segunda-feira (09) os interrogatórios do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus investigados por suposta tentativa de golpe de Estado e interferência nas investigações da Polícia Federal (PF).
A medida faz parte de um inquérito mais amplo que apura se houve articulação, dentro do antigo governo, para impedir o andamento de investigações e desacreditar o processo democrático, especialmente após as eleições de 2022.
Entre os convocados para depor estão ex-ministros como Anderson Torres (Justiça) e Walter Braga Netto (Defesa), além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Todos são investigados por possíveis ações de obstrução de Justiça e envolvimento em um plano de ruptura institucional.
A decisão do ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ, prevê que os depoimentos ocorram ao longo das próximas semanas. As oitivas poderão ser feitas presencialmente ou por videoconferência, a depender da disponibilidade dos réus e das medidas de segurança envolvidas.
O inquérito aponta que, além de interferência direta na Polícia Federal, os acusados podem ter contribuído para alimentar movimentos antidemocráticos e desacreditar o sistema eleitoral, configurando uma possível tentativa de golpe contra as instituições.
A defesa de Bolsonaro alega que ele jamais atuou para prejudicar a democracia e que está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários. O Ministério Público Federal acompanha de perto a evolução do caso e pode apresentar novas medidas conforme os depoimentos avancem.
O caso tem potencial de impactar diretamente o futuro político dos envolvidos, além de acirrar ainda mais o debate institucional sobre a responsabilidade de agentes públicos na preservação da ordem democrática.
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